sexta-feira, 25 de novembro de 2011

36

O coração é um músculo curioso. Umas vezes dói como se tivesse cem agulhas a picá-lo incansavelmente. Outras faz-nos sorrir e dizer as ideias mais estúpidas que nos passaram pela cabeça sem nos lembrarmos das agulhas que podem advir dessas ideias.
No entanto, não passa de um músculo que faz com que o sistema circulatório não pare de funcionar...

sábado, 22 de outubro de 2011

35

Porque é que, de repente, me comecei a sentir vazia por dentro?

sábado, 1 de outubro de 2011

33

Tudo é cíclico. Tudo tem um fim.
Só nos resta adiar esse fim até se tornar um sempre.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

32

Quando os teus braços me rodeiam dão-me uma segurança que eu sei que é ilusória.

domingo, 4 de setembro de 2011

31

Hoje dei-me conta de que o tempo não parou. Não só eu cresci, como também os meus amigos de infância cresceram. E os mais recentes também.
Dei-me conta disto quando uma das minhas mais antigas amigas me disse que se ia embora para o ano, ia voltar para o seu país. Dei-me conta quando outra amiga me disse que ia começar a trabalhar para sustentar os estudos. Dei-me conta quando reparei que já todos temos idade para ter carta de condução. Dei-me conta quando os números de telefone que tinha de alguns amigos já não eram os mesmos. Dei-me conta quando reparei que já estou na universidade há um ano, e que só me restam dois anos para terminar a licenciatura.
O tempo não parou. Por muitas vezes que tenha pedido, ele não esperou. Imune aos meus pedidos de "só mais cinco minutos".
O maior problema de se ser despistada, é que só reparamos no que nos rodeia depois de todos os outros já terem reparado. E vou tentar lembrar-me mais vezes que o tempo não para.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

30

Sou daquelas pessoas que prefere livros em papel e cartas escritas à mão.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Conversas #4

Ela: Eu sei que te devo um jantar, mas tu também me deves um almoço!
Ele: Eu? Eu não devo refeições. Só devo favores sexuais...
Ela: Eu não preciso disso, há quem me queira dar sem cobrar por isso.
Ele: Se eu estou a oferecer é porque também quero dar...

quinta-feira, 30 de junho de 2011

28

Espertos eram os Gregos, que pararam para observar as estrelas...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

27

Hoje tive vontade de escrever sobre ti. Mas já não há palavras para gastar contigo. Talvez apenas um "sê feliz, que eu também vou ser". Sim. Era isto que faltava dizer.
Obrigada.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Página 41

Os dias são coisas muito misteriosas. Às vezes passam a correr, outras vezes parecem nunca mais chegar ao fim, e, no entanto, têm sempre vinte e quatro horas exactas.

In Alice, eu fui por Melanie Benjamin

sexta-feira, 3 de junho de 2011

26

Quando foi que a esperança deu lugar à estupidez? Ontem? Há um mês? Desde o princípio que foi estupidez? Não sei. Não importa. O que interessa é que é estupidez e que eu tenho que seguir em frente.

sábado, 21 de maio de 2011

25

Às vezes, tudo o que resta é escrever. Escrever até se gastarem as palavras. E aí, esperar. Pode ser que depois das palavras gastas, o coração acalme o suficiente para explicar à cabeça o que se passa de errado com ele.

24

Tenho um problema com finais. Nas histórias, por exemplo, nunca as consigo acabar. Quando escrevo um texto, não o acabo, volto ao início.
As coisas são cíclicas, a vida é cíclica. Não existe um verdadeiro fim. Vai sempre existir um ou outro pormenor que faz a história tomar um rumo diferente, tornando-a inacabável. A morte é o fim. Mas talvez nem isso seja um fim. Talvez seja apenas uma outra etapa com mais histórias encadeadas umas nas outras.
Talvez o que dizem seja verdade, o fim de uma coisa é o princípio de outra. Esse recomeço, faz com que não seja um verdadeiro fim, apenas uma nova história encadeada com a anterior. Uma nova história à espera de ser escrita, e à espera do seu final que não é um verdadeiro fim.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

23

Ninguém imagina a história pessoal de uma pessoa quando olha para ela.
Não pensamos no que aquela pessoa já viveu, nas situações a que sobreviveu, nas adversidades que a vida lhe impôs.
Aquela rapariga animada e divertida pode ter sofrido uma tentativa de violação. Aquele rapaz extrovertido e engraçado pode ter quase perdido a vida. Uma outra rapariga pode ter visto um dos melhores amigos a tentar morrer pelas suas próprias mãos, e pior que isso, a consegui-lo. Um outro rapaz pode ter visto a namorada ser vítima mortal de uma doença. Ou ainda uma outra rapariga pode ter sofrido de abusos de um familiar próximo. Ou um outro rapaz ter sentido necessidade de se prostituir. Nós não imaginamos o que cada um de nós já viveu.
É esse o maior problema do egoísmo humano. Só pensamos em nós, apenas os nossos problemas importam. Esquecemo-nos de ouvir os outros.
Alguns, para compensar este egoísmo, tornam-se demasiado altruístas. Querem que nós possamos desabafar com eles quando mais ninguém nos ouve. Mas esquecem-se de retribuir. Se nos apoiamos em alguém, gostamos que esse alguém também sinta confiança para falar connosco.
Pessoalmente, tenho dificuldade em falar sobre a minha vida pessoal, prefiro ouvir. Mas se alguém me oculta o que se passa consigo, não confia em mim para me contar o que se passa de errado, eu tenho tendência a ocultar ainda mais o que sinto ou vivi.
O problema dos preconceitos e pré-julgamentos é esse. Não pensamos na história pessoal do outro. Talvez, se fossemos mais atentos e sensíveis a quem nos rodeia, não excluiríamos tanto. Não agíamos ou falávamos sem pensar.
Ninguém pensa na história de vida de uma pessoa quando olha para ela.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

22

Há coisas que acontecem por acaso. Nós os quatro foi um mero acaso que o destino juntou. Quando vim para Coimbra não pensei encontrar pessoas que me dissessem tanto. É aquele grupo em que eu todos os dias penso e quero estar na companhia. E mesmo quando está apenas uma pessoa exterior ao grupo connosco, toda a dinâmica e maneira de estar dos quatro se altera.
Sentia a nossa falta. Só nós os quatro. Conseguimos passar horas a fazer coisa nenhuma e mesmo assim dizer que foi um tempo bem passado. Nunca me sinto julgada junto deles. Nunca me sinto desprotegida com eles.
Já tinha saudades nossas.

[reeditado: 3 de Maio de 2011]

sexta-feira, 29 de abril de 2011

sexta-feira, 22 de abril de 2011

20

Eu? Eu não sei nada. Não sei o que pensar. Não sei o que se passa. Não sei o que me faz sentir.
Pensei em guardar-te numa caixa e esconder-te o melhor que fosse possível. Mas isso só resulta se for tudo dentro da caixa, e há coisas que saltam para fora dela.
Antes, mesmo que não soubesse o que se passava, sabia o passado. Agora, nem o passado acho que sei. Talvez tenha percebido tudo mal.
Quero, acima de tudo, saber. Saber o que se passa. Se vale a pena deitar fora a caixa. Tenho medo de a deitar fora e descobrir que, no fim de contas, só estavas a ganhar coragem.
Uma epifania? Uma clarividência? Um gesto? Só preciso de uma pista. Algo que me diga que devo guardar a caixa, ou deitá-la para o fundo do mar. Porque eu, eu não sei nada.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

19

Perguntaram-me porque sou a única pessoa que não rejubila quando volta a casa. Perguntaram-me porque me preocupo tanto com a maneira como me visto quando não estou em Coimbra.

Para começar, eu rejubilo sempre que vou para casa. A minha casa é em Coimbra, e sempre que volto sou inundada por uma felicidade inexplicável.
Por fim, no local onde os meus pais vivem, sou julgada pela maneira como me visto, como falo, pelo que faço. Em Coimbra não. Em Coimbra sei que gostam de mim pelo que sou. Não querem saber se estou de pijama em plena rua. Se hoje uso sapatos de saltos altos e amanhã uso sapatilhas. Não é por isso que gostam menos de mim.

Sim. Eu rejubilo de cada vez que volto para casa. Eu não me importo com o que digo, faço ou visto em Coimbra. Lá não me julgam pelas roupas que ostento. Lá preocuparam-se em conhecer-me. E eu mal posso esperar por voltar para casa.

sábado, 9 de abril de 2011

18

Vou-te guardar numa caixa. Nunca te odiei, e não te quero odiar.
A nossa história nem chegou a começar. Fomos apenas frases soltas de um livro que podia ter sido escrito.
Não tens culpa dos meus sentimentos. E que parva fui por te ter culpado.
Não te quero odiar. Vou guardar os nossos momentos dispersos numa caixa. Pode ser que um dia haja "inspiração" suficiente para escrever um livro, o nosso livro. Ou talvez esteja destinado a nunca ser escrito.
Não te posso culpar. Também não me posso culpar a mim. Não se controlam os sentimentos.
Vou-te guardar numa caixa. Eu não te quero odiar.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

17

Há palavras que servem como chapadas. E outras que doem mais que chapadas. Talvez fosse o que eu precisasse. Não se dá conversa a ébrios. Dizem sempre o que não querem, e muitas vezes nem se lembram de o fazer.
Há palavras que doem mais que chapadas. Pode ser que eu finalmente aprenda a lição.


[corrigido a 08/04/2011]

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Página 75

Telefonava-lhe a meio da noite. Não importava a hora, precisava. Ela acordava sobressaltada. Ele dizia: «Sou eu.» Ela dizia: «És tu?» fingindo espanto.
Ele dizia disparates. Ela ficava a ouvir.

Isto durou alguns meses. Até ele acabar o romance que estava a escrever. Depois deixou de telefonar.
in Viver todos os dias cansa por Pedro Paixão

Tu fizeste igual. Só que não eras escritor. Será que também leste este livro?

segunda-feira, 28 de março de 2011

16

Tornaste-te o meu refúgio. Tu e a tua chuva. Tu e as tuas gentes. Tu e os teus mistérios e segredos. Cidade mais bela.
Sabia que eras a minha terra. Apesar de ter nascido mais a sul, eu sempre te pertenci. Porque nós somos de onde nos sentimos em casa. E é quando piso as tuas ruas, as tuas pedras da calçada, o teu chão, que eu me sinto em casa.
Tu e a tua chuva. Sinto saudades do Sol, mas aqui a chuva não impede ninguém de sair de casa. Tomar café. Estar com conhecidos e amigos.
Tu e as tuas gentes. Os que me salvaram, me fizeram conhecer a verdadeira amizade, o verdadeiro apoio, o verdadeiro carinho. Aqueles que se passo um dia longe, sinto logo saudades.
Tu e os teus mistérios e segredos. Os teus lugares ocultos. E ainda há tantos por desvendar e conhecer.
És a minha casa. O meu refúgio. A minha Coimbra.

domingo, 20 de março de 2011

15

Tudo tem prazo de validade. O nosso termina hoje. Só tenho pena que só vás reparar quando for tarde demais. Ou talvez nem repares de todo. Já nem sei. Só sei uma coisa. Tudo tem prazo de validade, e o nosso termina hoje.

quinta-feira, 17 de março de 2011

14

Eu senti o afastamento. Não vale a pena negá-lo. Não te aproximavas de mim. Já não mandavas mensagens. Já não falavas comigo. Mas não pensei que passasses ao meu lado e nem um olhar me dirigisses. Nunca te exigi nada. Só gostava de perceber. Que fiz eu agora?

quinta-feira, 10 de março de 2011

13

Separações são sempre difíceis. Dizer adeus a alguém que conhece todos os segredos do nosso corpo e alma. Pôr um ponto final. Olhar para essa pessoa e pensar que nunca mais se vai explorar aquele corpo com beijos suaves. Que nunca mais vamos sentir a sua respiração contra a nossa pele.
Mais de um ano passado, finalmente conseguimos reatar a amizade. Com passinhos de bebé. Muito devagar. Não queremos voltar a falar e descobrir que ainda não se seguiu em frente. Aos poucos recomeçamos a falar e a brincar. Muito cuidadosamente. Evitar abusos ou piadas mais intímas. Talvez daqui a uns anos consigamos ter uma maior confiança e uma amizade mais segura.
É difícil dizer olá a alguém que conheceu todos os segredos do nosso corpo e alma.

sábado, 5 de março de 2011

12

Sonhei contigo de novo. Chamava-te "amor" durante uma conversa. E rezava para que não tivesses ouvido. Tinha medo que fugisses. Beijavas-me. Eu não queria que fosses embora. Eu não queria acordar.
Dizem que devo falar contigo. Não gosto de falar sobre sentimentos. E acho que não é uma conversa apropriada a nós os dois. Se me voltares a beijar na vida real, falo. Pergunto o que queres de mim. Mas não creio que o voltes a fazer. É melhor seguir em frente. Desligar-me de ti. Aproveitar que ando demasiado ocupada. Aproveitar as férias e o facto de estar longe. Deixar de tentar encontrar-te de propósito. Tenho que lutar contra mim mesma. Não posso cometer o mesmo erro de novo.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conversas #3

Ele: Eu pago-te a entrada!
Ela: Mas eu não tenho dinheiro para te dar de volta...
Ele: Pagas-me em géneros...
Ela: Podes ser mais específico?
Ele: Oh tu sabes, coisas como "X leva-me ao céu!"
Ela: (...) sabes que eu não sou dessas certo? Se queres alguma coisa tens que lutar por isso...
Ele: Mas lutar dá trabalho!
Ela: Então não recebes nada daqui...
Ele: Mas há alguma possibilidade...?
Ela: Há, se lutares...
Ele: Então eu luto.

Uma semana passada, e nada de luta...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

11

Sempre o mesmo jogo, uma e outra vez. Aproximas-te. Afastas-te. Aproximas-te. Afastas-te. Quando irás parar? Será que vais parar? Quando entenderei se me queres ou não? Às vezes julgo que queres mas que tens medo. Outras penso que não queres e tudo não passa de um jogo. Dizes que não queres falar estando ébrio. Mas sóbrio também não falas. Aproximas-te. Afastas-te. Uma e outra vez. Sempre o mesmo jogo.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conversas #2

Ele beija-a. Vai-se embora sem dizer nada. Vira-se para trás.
- Não percam o próximo episódio, que nós também não!
Vira-se de novo. Continua o caminho para casa.
Duas semanas depois, ela pensa: "E quando será isso?"

domingo, 13 de fevereiro de 2011

10

Nunca antes me aconteceu. Os acontecimentos da minha vida presente davam-me sempre uma pista sobre como se iria desenrolar a vida futura. Conseguia perceber se valia a pena investir nalguma coisa ou se era tempo perdido. Pela primeira vez, não consigo prevêr. Há tanto mistério, tanta neblina à tua volta, tanta confusão que não sei o que esperar de ti.
Pela primeira vez, estou entregue ao destino. Ao desenrolar dos acontecimentos. Espero ansiosamente pela tua próxima palavra. Pode ser que haja alguma pista do que vais fazer a seguir. Engano-me sempre, porque dizes que não tens intenções românticas, e a seguir beijas-me. Dizes que queres ir ver as meninas giras do teu curso, e a seguir abraças-me. Tento perceber-te. Desvendar o mistério que tu és. Não consigo.
Gostava de conseguir explicar a confusão que eu sinto em relação a ti. Gostava de fazer os outros perceber o porquê de eu não saber mesmo se existirá algum futuro ou se simplesmente é isto. Mas como se explica a confusão? Temos que compreender para podermos explicar alguma coisa. Mas se compreendessemos a confusão, ela não existiria.
Só me resta deixar-me levar ao sabor das ondas. Esperar por um sinal coerente vindo de ti. Para saber se luto contra ti, ou se é seguro embarcar contigo.
Queres-me? Não sei. Mas eu quero-te, e julgo que disso já não tens dúvidas.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

9

Ontem colocaram-me a pior questão possível. Perguntaram-me quem escolhia eu entre as minhas duas melhores amigas. Sei que esta expressão é um bocado infantil. Mas é o que elas são. As minhas melhores amigas.
Nem consigo escolher a de que gosto mais. A única coisa que as pode distinguir é o facto de conhecer uma há cinco meses, e a outra há cinco anos.Talvez cinco meses seja pouco tempo, eu sei. Mas ela já faz tanto parte de mim como a minha amiga de cinco anos. Sem desvalorizar nunca, a rapariga que durante estes cinco anos ouviu as frases mais incoerentes e descontextualizadas que poderiam alguma vez sair da minha boca.
Quando me perguntaram: "De quem gostas mais? Se tivesses que escolher uma delas, quem escolhias?" eu simplesmente não consegui responder. Era como se me dividissem o coração e dissessem "escolhes o lado direito ou o esquerdo?". Não posso viver apenas com metade do coração. Não posso escolher apenas uma delas.
Se calhar o meu jeito impulsivo, as minhas exaltações, o meu feitio difícil não me permitem mostrar tantas vezes quanto gostaria o quanto elas são especiais para mim. Se calhar o facto de sempre que estou com uma delas falar da outra, e vice-versa, fá-las pensar que gosto mais da outra do que dela. Mas não é isso que acontece.
Quando me perguntaram de quem gostava mais, fiquei a pensar nisso. Não porque duvidasse de que me era impossível escolher, mas porque pensei que, se calhar, elas duvidavam.
Não quero que elas duvidem, nunca, do quanto eu gosto delas. Não quero que elas pensem que alguma vez as irei abandonar. Eu tenho a tendência a ser muito chata, e elas terão que se habituar à chatinha que eu sou. Porque mesmo quando elas não quiserem que eu as ajude, eu vou estar lá. Porque é quando elas mais vão precisar.
Não me obriguem a escolher, porque ninguém imagina a capacidade que o meu coração tem para gostar. E podem pensar que gosto menos da amiga de há cinco anos porque tive que arranjar espaço para a de há cinco meses. Ao pensarem isso, não se podiam enganar mais. Este coração tem uma capacidade incrível de crescer. Ao viver mais longe da amiga mais antiga, senti uma necessidade maior de estar sempre em contacto com ela, e cada vez gostei mais dela. E a amiga mais recente, conseguiu um lugar tão grande como a outra, sem roubar um único milímetro.
Não quero que elas duvidem nunca do quanto gosto delas, e do quanto eu faria por elas. E não quero que pensem nunca que as vou abandonar pela outra. No dia em que tiver que escolher entre apenas uma delas, vou-me embora. Porque abdicar de uma, pela outra, seria-me tão insuportavel que seria o mesmo que não ter nenhuma do meu lado.
Adoro-as. E não quero que duvidem disso nunca, nem que pensem que gosto menos de uma que da outra só porque estão as duas a partilhar o meu coração. Porque os importantes, os grandes, os verdadeiros amigos, estarão sempre junto a mim. Mesmo que separados por dois continentes e um oceano.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

8

Acho que deixei de acreditar no amor.
Não no amor em geral. Sei que esse existe. Quando olho para os meus avós vejo que ele existe, e que pode ser para sempre.
Acredito em coincidências, acredito em destino, acredito que há coisas que não acontecem por acaso, acredito no poder dos sonhos. Acredito que duas pessoas podem afastar-se por gostarem uma da outra mas não estarem preparadas para recomeçar uma relação.
Mas comigo isso não acontece. Levei demasiadas patadas da vida para conseguir acreditar que vou encontrar o amor. Ele existe, apenas não acontece comigo. De certo modo, deixei de acreditar no amor. Porque deixei de acreditar que ele vá acontecer comigo.
Dizem que sou nova e que ainda tenho muito para viver. Dizem que não posso pensar assim. Dizem que tenho que lutar.
Pois, eu começo a cansar-me. De todas as lutas que tive, nenhuma foi bem sucedida. Uma poderia ter sido, mas por alguma razão não o foi. Há quem culpe a distância, eu culpo a falta de intimidade, respeito e confiança.
Acho que deixei de acreditar no amor. Não está destinado a acontecer-me. Comigo apenas existem as estranhas coincidências. E, por muito estranhas que sejam, nunca passarão de coincidências.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Conversas #1

Ele: vou domir X'inha
Ela: vai lá então. para variar dos restantes dias ainda vou estudar
Ele: NAAAO !
Ela: vou vou x) quero reler a materia toda pelo menos 1 vez antes de dormir
Ele: Byeee =) beijo grande muito grande, genero assim grande
fuck devia era tar calado :p
BYE BYE SWEET X
Ela: dorme bem sweet Y
Ele: byeee

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

7

Espero que isto seja um presságio de que melhores dias virão. De vez em quando já falas comigo. Nunca me disseste o que te fez afastar. Contudo, o facto de voltares a aproximar-te alegra-me um pouco. É díficil. Depois do teu afastamento brusco, está a custar-me voltar a falar contigo como antes. Tenho medo que o faças de novo. Gostava que tivesses falado comigo e me tivesses dito o que se tinha passado. Gostava que pudessemos trocar as nossas angústias, amores e desamores como antes.
Há algo que se perdeu, quando te afastaste sem dizer o porquê. Não sei onde errei, por isso tenho medo de errar outra vez.
Apesar de tudo, espero que continues a aproximar-te de novo. Espero que daqui a um mês estejamos as duas a rir abraçadas uma à outra, como faziamos antes.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

6

Tu só vês a amizade. Tenho que me deixar de ilusões. Seguir em frente, e (tentar) ficar feliz que, pelo menos, há a amizade. Aquela em que falamos todos os dias. Mas que não passa disso, amizade.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

5

Gosto de ti.
Quer fales comigo, quer não fales. Quer me deixes confusa, quer sejas muito claro. Quer me deixes feliz, quer me deixes irritada.
Gosto de ti. E tudo se resume a isso.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

4

Não paro de pensar em ti. Tudo me lembra de ti. Como se tivesses um centro gravitacional e eu orbitasse à tua volta. Quero ficar, mesmo que fique sozinha. Só pela expetativa de te poder vir a encontrar. De, eventualmente, estar contigo.
Não vai acontecer. Eu sonho demasiado acordada. Tu não gostas de mim. Não sei porque fizeste isto. Porque o fizeste? Se não me querias, porquê tentar? Porquê provocar?
Tu, que parecias saber exatamente o que fazias, o que dizias, o que doía brincarem com os nossos sentimentos. Se sabias que não querias nada de mim, não o devias provocar. Em vez de me beijares e afastares, não te devias ter aproximado de todo. Não devias ter causado isto. Deixavas como estava. Intocado. Meras suposições.
Agora não são suposições. Antes, eu desconfiava que sentia uma ligeira atração por ti. Agora, sei que gosto de ti.
Fala comigo, diz-me alguma coisa. Não me deixes ir embora amanhã. Eu vou. Se não me disseres nada, eu vou. E não quero, quero que me dês um motivo para ficar. Mais ninguém o tem. Não tenho desculpas para ficar. Fala comigo. Diz-me que queres que eu fique. Que queres estar comigo.
Mas tu não queres. Ela. Existe sempre ela. Foi por ela que te afastaste depois de te aproximares. Ela. Não a culpo. Culpo-te a ti, porque era ela quem tu querias, e mesmo assim aproximaste-te de mim e destruiste a barreira que me protegia desta situação. Iludiste-me. Fizeste-me pensar que era seguro. E quando saí, fui apanhada na armadilha. Desamparada. Sozinha. Porque o fizeste? Porquê?

domingo, 16 de janeiro de 2011

3

Perdi-te. Não me perguntes como o sei. Sinto-o.
A oportunidade escapou-me por entre os dedos. Ou será que alguma vez tive essa oportunidade? Beijaste-me, é certo. Mas não me querias. Ela. Era ela quem tu querias. Disseste-mo. Só querias ser meu amigo. Chamas-me linda, mas também o chamas a todas as tuas amigas. Sou apenas mais uma na tua lista de amigos.
Gostava de ter uma oportunidade. Que nos desses uma oportunidade de tentar. Parece-me que tens tanto medo como eu. Mas eu estou disposta a tentar, estou sempre. Mesmo quando não há mais nada a fazer, eu tento. Sou ingénua. Sou estúpida. Sou esperançosa. Chama-lhe o que quiseres. Mas eu não desisto, nunca. Acredito que existe sempre uma maneira de dar a volta, mesmo quando já tudo foi tentado. Acredito que irá aparecer alguma solução, por mais estranha e bizarra que aparente ser, eu aposto nela.
Será que queres tentar comigo? Dás-nos essa oportunidade? Empurramos juntos os nossos medos para o lado e tentamos.
Ou, se calhar, é mesmo tarde demais. Começaste a ver apenas a amizade e o resto apagou-se. Os teus braços? Não me voltarão a rodear. Os teus lábios? Não voltarão a tocar os meus.
Peço-te. Só uma oportunidade. Vamos tentar. Será tarde demais? Provavelmente. Mas eu nunca desisto, tenho sempre esperança de que vai resultar. Por favor, diz-me que ainda há esperança, diz-me que não está tudo perdido.
Gostava de saber, saber se vale a pena tentar mais. Por favor, deixa-me tentar.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

2

Gostava tanto que gostasses de mim. Oh, como eu gostava. Não sei como o fizeste. Não sei como o conseguiste. Quando perguntaste "como posso quebrar essa barreira de gelo?" não te deste conta de que já o tinhas feito. Eu apenas te tentava expulsar inutilmente para fora dela. Mas não consigo. Não tenho força suficiente. Gosto demasiado que estejas do lado de cá para te tirar.
Por favor, não me digas que depende do destino. Ambos sabemos que não. Tu sabes que eu te quero. Nunca te disse que não. Nunca te afastei. Tratar-te mal? Isso sim, para não te dares conta do quanto eu te quero. Passo os dias a pensar em ti, se me irás mandar uma mensagem, se irás falar comigo na internet. E quando o fazes? Oh, ganho logo o dia.
Gostava tanto que gostasses de mim. Assim como eu gosto de ti. E tenho medo, tanto medo. Não sei como o fizeste. Mas já que o conseguiste, por favor, não me atires ao chão. Não me faças mal. Perguntaste como podias chegar a mim? Já chegaste. Agora, tem cuidado. É frágil o sítio onde estás. Não me abandones, não me entregues ao destino.
Oh, como eu gostava que gostasses de mim.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

1

Estragaste tudo. "Vamos ser só amigos” disse ele. Mas tu achaste que não, que se calhar não estava tudo perdido. Estúpida. Agora deitaste tudo a perder. Se calhar nem estava. Mas agora está. Voltaste a ir depressa demais. Parece que nunca vais aprender.