domingo, 13 de fevereiro de 2011

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Nunca antes me aconteceu. Os acontecimentos da minha vida presente davam-me sempre uma pista sobre como se iria desenrolar a vida futura. Conseguia perceber se valia a pena investir nalguma coisa ou se era tempo perdido. Pela primeira vez, não consigo prevêr. Há tanto mistério, tanta neblina à tua volta, tanta confusão que não sei o que esperar de ti.
Pela primeira vez, estou entregue ao destino. Ao desenrolar dos acontecimentos. Espero ansiosamente pela tua próxima palavra. Pode ser que haja alguma pista do que vais fazer a seguir. Engano-me sempre, porque dizes que não tens intenções românticas, e a seguir beijas-me. Dizes que queres ir ver as meninas giras do teu curso, e a seguir abraças-me. Tento perceber-te. Desvendar o mistério que tu és. Não consigo.
Gostava de conseguir explicar a confusão que eu sinto em relação a ti. Gostava de fazer os outros perceber o porquê de eu não saber mesmo se existirá algum futuro ou se simplesmente é isto. Mas como se explica a confusão? Temos que compreender para podermos explicar alguma coisa. Mas se compreendessemos a confusão, ela não existiria.
Só me resta deixar-me levar ao sabor das ondas. Esperar por um sinal coerente vindo de ti. Para saber se luto contra ti, ou se é seguro embarcar contigo.
Queres-me? Não sei. Mas eu quero-te, e julgo que disso já não tens dúvidas.

1 comentário:

  1. quem o há-de compreender? :/ só pelo que escreves, e já me está a parecer muito complicado...

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