Telefonava-lhe a meio da noite. Não importava a hora, precisava. Ela acordava sobressaltada. Ele dizia: «Sou eu.» Ela dizia: «És tu?» fingindo espanto.Ele dizia disparates. Ela ficava a ouvir.
Isto durou alguns meses. Até ele acabar o romance que estava a escrever. Depois deixou de telefonar.
in Viver todos os dias cansa por Pedro Paixão
Tu fizeste igual. Só que não eras escritor. Será que também leste este livro?
Não te preocupes que isto serva para bem mais gente. Não estás assim tão sozinha :)
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