domingo, 16 de janeiro de 2011

3

Perdi-te. Não me perguntes como o sei. Sinto-o.
A oportunidade escapou-me por entre os dedos. Ou será que alguma vez tive essa oportunidade? Beijaste-me, é certo. Mas não me querias. Ela. Era ela quem tu querias. Disseste-mo. Só querias ser meu amigo. Chamas-me linda, mas também o chamas a todas as tuas amigas. Sou apenas mais uma na tua lista de amigos.
Gostava de ter uma oportunidade. Que nos desses uma oportunidade de tentar. Parece-me que tens tanto medo como eu. Mas eu estou disposta a tentar, estou sempre. Mesmo quando não há mais nada a fazer, eu tento. Sou ingénua. Sou estúpida. Sou esperançosa. Chama-lhe o que quiseres. Mas eu não desisto, nunca. Acredito que existe sempre uma maneira de dar a volta, mesmo quando já tudo foi tentado. Acredito que irá aparecer alguma solução, por mais estranha e bizarra que aparente ser, eu aposto nela.
Será que queres tentar comigo? Dás-nos essa oportunidade? Empurramos juntos os nossos medos para o lado e tentamos.
Ou, se calhar, é mesmo tarde demais. Começaste a ver apenas a amizade e o resto apagou-se. Os teus braços? Não me voltarão a rodear. Os teus lábios? Não voltarão a tocar os meus.
Peço-te. Só uma oportunidade. Vamos tentar. Será tarde demais? Provavelmente. Mas eu nunca desisto, tenho sempre esperança de que vai resultar. Por favor, diz-me que ainda há esperança, diz-me que não está tudo perdido.
Gostava de saber, saber se vale a pena tentar mais. Por favor, deixa-me tentar.

1 comentário:

  1. Gosto de ti, pequerrucha. E ele só prova que é mesmo tótó se não quiser tentar.

    ResponderEliminar