quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

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Gostava tanto que gostasses de mim. Oh, como eu gostava. Não sei como o fizeste. Não sei como o conseguiste. Quando perguntaste "como posso quebrar essa barreira de gelo?" não te deste conta de que já o tinhas feito. Eu apenas te tentava expulsar inutilmente para fora dela. Mas não consigo. Não tenho força suficiente. Gosto demasiado que estejas do lado de cá para te tirar.
Por favor, não me digas que depende do destino. Ambos sabemos que não. Tu sabes que eu te quero. Nunca te disse que não. Nunca te afastei. Tratar-te mal? Isso sim, para não te dares conta do quanto eu te quero. Passo os dias a pensar em ti, se me irás mandar uma mensagem, se irás falar comigo na internet. E quando o fazes? Oh, ganho logo o dia.
Gostava tanto que gostasses de mim. Assim como eu gosto de ti. E tenho medo, tanto medo. Não sei como o fizeste. Mas já que o conseguiste, por favor, não me atires ao chão. Não me faças mal. Perguntaste como podias chegar a mim? Já chegaste. Agora, tem cuidado. É frágil o sítio onde estás. Não me abandones, não me entregues ao destino.
Oh, como eu gostava que gostasses de mim.

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